ABRASCO e UFC realizam 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia, maior evento da área na América Latina

A imagem da Reitoria da UFC em xilografia dará as boas-vindas aos mais de 3 mil participantes do 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), que será realizado entre os dias 18 e 19 (cursos pré-evento) e 22 a 26 de novembro (congresso propriamente dito) em formato on-line. 

O evento, o maior da área na América Latina, é realizado de forma trianual e deveria estar sendo montado presencialmente em Fortaleza, não fosse a pandemia de covid-19. Por conta disso, os organizadores do congresso elaboraram uma intensa programação on-line de atividades, sob o tema “Epidemiologia, democracia & saúde: conhecimentos e ações para a equidade“. 

Na página principal do site do congresso, que direciona os participantes para as “salas” onde ocorrem as atividades, a casa rosada que abriga a sede Reitoria simboliza a “sede” do evento.

Antes do congresso em si, serão ministrados 29 cursos, com temas que vão do uso de tecnologias como machine learning e web surveys, a análise, coleta e visualização de dados, passando por análises específicas como a epidemiologia da saúde bucal ou saúde indígena. Os cursos têm duração de quatro a 16 horas, sendo distribuídos nos períodos de manhã e tarde. Os interessados, que devem estar inscritos no congresso, precisam fazer inscrição específica para o curso pretendido.

Poucos dias depois, será a vez do congresso propriamente dito. Serão 10 conferências e 68 mesas-redondas, além dos cerca de 4.400 resumos submetidos, 270 comunicações coordenadas e inúmeros pôsteres, segundo a presidente da Comissão Organizadora, Profª Lígia Kerr, também da Faculdade de Medicina da UFC. No geral, serão cerca de 250 convidados de todo o Brasil e de mais 15 países.

“Esse é um dos maiores congressos do mundo e o maior da América Latina na área. Neste momento específico, ele tem muita importância porque vai discutir como chegamos a esse ponto, como tivemos essa pandemia e quais suas consequências”, diz a professora Lígia Kerr. “Temos uma tentativa de buscar as causas, consequências e desdobramentos futuros [da pandemia]. Hoje, por exemplo, temos milhares de pessoas que ficaram sem sua assistência [médica]”, sintetiza.

A pesquisadora cita vários aspectos específicos que estão na pauta do congresso, a exemplo da questão das fake news e seus impactos na sociedade, como a queda da cobertura  vacinal, e questões relacionadas à saúde indígena. “Há também como alguns métodos se mostraram importantes na condução de governadores e prefeitos que quiseram fazer a diferença”, enumera.

A programação completa das atividades está disponível no site do evento. A lista dos cursos pode ser acessada também pela Internet.